Há alguns meses, o professor Flavio Alterthum, 70 anos, coautor do mais conhecido livro básico de microbiologia adotado nas universidades brasileiras, lançou pela editora Atheneu Pai, o que é micróbio?, livro ilustrado de divulgação científica, voltado para crianças a partir dos 7 anos. A primeira edição de 750 exemplares se esgotou rapidamente. A essa altura, sem deixar de dar cursos na pós-graduação do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e na graduação da Faculdade de Medicina de Jundiaí, ele planeja cheio de animação outros trabalhos para esse novo público que agora insufla sua velha fascinação pela prática de contar histórias.
A divulgação da ciência para crianças é apenas mais um front na vida desse pesquisador acostumado a fazer inflexões significativas na carreira para correr atrás de seus sonhos – que sem dúvida lhe valeram sucessos significativos, mas também alguns reveses bastante duros. No começo dos anos 1990, por exemplo, orgulhoso e entusiasmado, ele exibia, ao explicar o seu então avançado trabalho com bactérias geneticamente modificadas para otimizar a fermentação na produção de etanol, a patente de número 5 milhões que obtivera junto com dois colegas norte-americanos, nos Estados Unidos, para esse processo. O trabalho repercutiu em grandes jornais internacionais, como The New York Times, e brasileiros, como O Estado de S. Paulo e a Gazeta Mercantil. Chegou à televisão. Mas, alguns anos depois, seria possível encontrá-lo decepcionado, talvez mesmo um tanto amargurado, porque seu plano de trabalhar no setor privado usando novos processos em produção de etanol, a convite de uma empresa que viera se instalar no mercado brasileiro, tinha dado com os burros n’água. A empresa simplesmente fechou a filial brasileira, sob argumentos um tanto nebulosos, logo depois de ele ter solicitado sua aposentadoria na USP para embarcar no novo projeto. Alterthum viu-se um tanto perdido naquele momento, com os sonhos esfacelados.
Mas professor por excelência, desses capazes de se absorver inteiramente no prazer de estar diante de uma turma de estudantes, falando e também ouvindo, escutando perguntas para com elas construir o fluxo de uma história fascinante, como ele diz, foi nessa atividade mesmo que ele se recompôs. E na USP, apesar de aposentado. Logo estava inventando novos projetos, coisa que, inquieto sempre, continua a fazer. É sobre esse trajeto de pesquisador e professor, que às vezes traz um curioso paralelismo com as passadas idas e vindas da área de ciência e tecnologia no Brasil, que ele fala nesta entrevista a Pesquisa FAPESP.
A divulgação da ciência para crianças é apenas mais um front na vida desse pesquisador acostumado a fazer inflexões significativas na carreira para correr atrás de seus sonhos – que sem dúvida lhe valeram sucessos significativos, mas também alguns reveses bastante duros. No começo dos anos 1990, por exemplo, orgulhoso e entusiasmado, ele exibia, ao explicar o seu então avançado trabalho com bactérias geneticamente modificadas para otimizar a fermentação na produção de etanol, a patente de número 5 milhões que obtivera junto com dois colegas norte-americanos, nos Estados Unidos, para esse processo. O trabalho repercutiu em grandes jornais internacionais, como The New York Times, e brasileiros, como O Estado de S. Paulo e a Gazeta Mercantil. Chegou à televisão. Mas, alguns anos depois, seria possível encontrá-lo decepcionado, talvez mesmo um tanto amargurado, porque seu plano de trabalhar no setor privado usando novos processos em produção de etanol, a convite de uma empresa que viera se instalar no mercado brasileiro, tinha dado com os burros n’água. A empresa simplesmente fechou a filial brasileira, sob argumentos um tanto nebulosos, logo depois de ele ter solicitado sua aposentadoria na USP para embarcar no novo projeto. Alterthum viu-se um tanto perdido naquele momento, com os sonhos esfacelados.
Mas professor por excelência, desses capazes de se absorver inteiramente no prazer de estar diante de uma turma de estudantes, falando e também ouvindo, escutando perguntas para com elas construir o fluxo de uma história fascinante, como ele diz, foi nessa atividade mesmo que ele se recompôs. E na USP, apesar de aposentado. Logo estava inventando novos projetos, coisa que, inquieto sempre, continua a fazer. É sobre esse trajeto de pesquisador e professor, que às vezes traz um curioso paralelismo com as passadas idas e vindas da área de ciência e tecnologia no Brasil, que ele fala nesta entrevista a Pesquisa FAPESP.
Depois de fazer o mais indicado livro-texto de microbiologia do país, depois de quatro décadas de um trabalho de pesquisa sério, você resolveu fazer um livro de microbiologia para crianças. Por que esse livro a essa altura da vida?
Leitura muito interessante....Química Ensinada recomenda!!!
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