O texto abaixo foi extraído da página Química Nova Interativa:
O eteno, fórmula molecular C2H4, 28.03 g.mol-1,
é um gás incolor à temperatura ambiente e pressão atmosférica, de odor
e sabor adocicado, inflamável, com ponto de fusão é - 169 °C e o de
ebulição é -104 °C.
Você sabe por que se costuma embrulhar o mamão no jornal para amuderecê-lo?
Entretanto, em outros casos, sua presença não é tão vantajosa.
Durante o armazenamento de frutas que são exportadas para mercados mais
distantes dos países produtores, há necessidade de adicionar agentes
químicos capazes de inibir ou retardar sua a produção deste gás,
aumentando assim a vida útil das frutas e viabilizando, portanto sua
comercialização. Dessa maneira, existem muitas pesquisas que avaliam as
alterações que possam ocorrer nessas frutas, como por exemplo aroma e
valor nutricional.
Originalmente, o eteno, alceno mais simples da família das olefinas,
era conhecido como etileno, por ser um composto derivado do radical
etil (-C2H5). Um dos modos de preparo ocorre através do craqueamento dos hidrocarbonetos presentes no petróleo.
Possui aplicação na indústria química, já que é um importante
material de partida para obtenção de outros compostos orgânicos, dentre
eles o etanal (acetaldeído), etanol, cloreto de etila e etano-1,2-diol.
Também pode ser polimerizado originando o polietileno, plástico
bastante utilizado como sacola plástica de supermercado.
Apresenta efeito anestésico, sendo utilizado em intervenções cirúrgicas.
O etileno é uma matéria prima produzida em abundância pela indústria
química. Em 2010, sua produção global foi de 123 milhões de toneladas.
É oriundo da indústria petroquímica, através do processo de
craqueamento catalítico.
Mais recentemente, devido às questões ambientais, iniciou-se a
produção do etileno a partir do etanol, oriundo da cana de açúcar, a
partir da reação de desidratação catalítica. Embora a produção do
polietileno permaneça com o mesmo processo industrial, o material
passou a ser conhecido como polímero verde, em função da fonte de seu
monômero.
Créditos:
Silvia S. Oigman, doutoranda da PG Química, UFRJ
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