Química Ensinada recomenda aos alunos e apaixonados pela Química a leitura do artigo publicado na edição fevereiro de 2011 – ano 2 – no 16 - da revista Unesp Ciência. A matéria esta disponível no link abaixo:
Confira abaixo o início do artigo:
Em uma de suas canções menos lembradas
hoje em dia, Renato Russo dizia que não sabia nada de Física, Literatura ou
Gramática. “Só gosto de Educação Sexual”, afirmava ele no refrão, para em
seguida frisar: “E eu odeio Química, Química, Química!”.Os químicos que me
perdoem, assim como eles devem ter perdoado o líder da Legião Urbana por seus
versos juvenis e insensatos. Mas o que nem eles ignoram é que as pessoas em
geral têm um pé atrás em relação a tudo o que é químico. “Não há jeito de uma
ciência que trata fundamentalmente de mudança ser encarada de modo inteiramente
positivo por seres humanos, que são, no fundo, ambivalentes em relação às
mudanças”, escreveu Roald Hoffmann, Nobel de Química em 1981, em O mesmo e o
não-mesmo(Editora Unesp, 2000), um elogio crítico à ciência das moléculas. Poluidora
e tóxica são alguns dos rótulos negativos que nas últimas décadas se colaram à
atividade industrial amparada no conhecimento desta ciência dura, cheia de
fórmulas e nomes antipáticos, mas que seus defensores definem como central, como
a ciência da transformação. No Ano Internacional da Química, as Nações Unidas e
químicos do mundo todo unem esforços para limpar sua reputação. “A ideia é
mudar sua imagem na sociedade, porque ela está associada apenas a coisas ruins”,
afirma Vanderlan Bolzani, do Instituto de Química da Unesp em Araraquara e
membro do conselho consultivo da Sociedade Brasileira de Química. “Mas não só a
Química está presente em cada minuto do nosso dia a dia, como os desafios
globais que temos pela frente, na área ambiental, energética e de saúde, dependem
fundamentalmente do avanço dessa área do conhecimento”, defende a pesquisadora,
que faz parte do comitê organizador das celebrações no Brasil (veja mais em http://quimica2011.org.br)
Festejar o Ano Internacional da
Química, porém, não será tão simples como foi em 2005, quando a Física foi
homenageada, ou em 2009, quando foi a vez da Astronomia. Afinal, é bem mais
fácil admirar espaço-tempo (mesmo sem
entendê-lo muito bem) concebido pela figura icônica de Albert Einstein ou
contemplar o céu e os astros revelados pela luneta de Galileu.Química é o
oposto da abstração e da distância. É tão material e está tão absorvida em
nosso cotidiano que quase sempre não a enxergamos. Além disso, perto da fama de
Einstein e Galileu, a cientista homenageada neste ano, a polonesa Marie Curie
(1867-1934), é quase desconhecida entre os menos familiarizados com ciência. Este
ano foi escolhido para a comemoração por marcar o centenário da conquista do
Nobel de Química por Curie pela identificação dos elementos rádio e polônio.
Ela foi a primeira mulher agraciada com um Nobel e também a primeira pessoa
laureada duas vezes em categorias distintas – já havia recebido o de Física, em
1903, com o marido Pierre Curie, por descobertas no campo da radioatividade.
Química Ensinada recomenda esta leitura.
Um grande abraço!
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