Não pense que um colocar excesso
de um agente precipitante é uma boa para garantir aquela precipitação
perfeita.
De fato, em pequenas quantidades, devido ao efeito do íon comum (o
íon precipitante - cátion ou ânion), a solubilidade do precipitado diminui em
relação ao solvente puro (no caso, água). Porém, caso se coloque um grande
excesso do precipitante, muitos dos sólidos se redissolvem, para desespero dos
alunos, devido à formação de complexos solúveis. A agente precipitante passa a
atuar como agente complexante.
Na foto superior, da esquerda
para a direita, os precipitados de iodetos de prata (AgI), mercúrio(I) (Hg2I2),
mercúrio(II) (HgI2), tálio(I) (TlI), chumbo(II) (PbI2) e bismuto(III) (BiI3).
Na foto inferior, após colocar um
pouco de KI sólido, ocorrem diferentes comportamentos: os iodetos de prata,
mercúrio(II), tálio(I), chumbo(II) e bismuto(III) se redissolvem devido à
formação de iodetos complexos ([AgI2]-, di-iodoargentato(I); [HgI42]-,
tetraiodomercutato(II); [TlI2]-, di-iodotalato(I); [PbI4]2-,
tetraiodoplumbato(II); [BiI4]-, tetraiodobismutato(III).
Salvo o complexo de
bismuto, os demais são incolores ou amarelados. Já o Hg2I2 sofre uma reação
chamada dismutação, auto-oxirredução ou desproporcionamento, formando mercúrio
metálico e tetraiodomercurato(II): Hg2I2 + 2 KI - Hg + 2K+ + [HgI4]2-. Isso
explica a cor acinzentada do tubo de ensaio.
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