Pular para o conteúdo principal

Inovação Spin

Nanotubo de carbono controla spin de elétrons
O efeito ocorre de forma geral, em nanotubos de carbono com defeitos e impurezas - o que é muito importante quando a preocupação é caminhar rumo a componentes realísticos.[Imagem: Jespersen et al.]

Nanotubo de carbono controla spin de elétrons

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/01/2011
Spintrônica
Uma nova descoberta científica poderá ter implicações profundas para os componentes da nanoeletrônica, sobretudo no campo da spintrônica.

 Pesquisadores da Dinamarca e Japão, trabalhando conjuntamente, mostraram como os elétrons apresentam uma interação única entre o seu movimento e seu campo magnético associado - o chamado spin - quando estão sobre um nanotubo de carbono.
A descoberta abre caminho para um controle sem precedentes sobre o spin dos elétrons e pode ter um grande impacto sobre a nanoeletrônica baseada no spin - e não baseada apenas na carga dos elétrons, o que é a base da atual eletrônica.
Giro no nanotubo
Além de uma carga, todos os elétrons têm um campo magnético associado - o chamado spin. Pode-se pensar no spin como se cada elétron carregasse consigo uma minúscula barra magnética.
Como aponta para um lado ou para o outro, o spin pode ser usado como um bit, guardando 0 ou 1.
O problema é que medir e controlar o spin é algo bastante difícil.
Nas camadas planas de grafite, ou mesmo no grafeno, o movimento dos elétrons não afeta o spin, e a pequena barra magnética aponta em direções aleatórias. Como resultado, o grafite não era um candidato óbvio para a fabricação de componentes spintrônicos.
"Entretanto, nossos resultados mostram que, se a camada de grafite for curvada em um tubo com um diâmetro de apenas alguns nanômetros, o spin dos elétrons individuais é fortemente influenciado pelo movimento dos elétrons. Quando os elétrons sobre o nanotubo são forçados a se mover em círculos ao redor do tubo, o resultado é que todos os spins passam a apontar na direção do tubo," explicam Thomas Sand Jespersen e Kasper Grove-Rasmussen, do Instituto Niels Bohr.
Componentes realísticos
Os cientistas acreditavam que este fenômeno só poderia ocorrer em casos especiais de um único elétron em um nanotubo de carbono perfeito, flutuando livremente no vácuo - uma situação que é muito difícil de criar na prática.
Agora, os resultados mostram que o alinhamento ocorre de forma geral, com quantidades arbitrárias de elétrons, em nanotubos de carbono com defeitos e impurezas - o que é muito importante quando a preocupação é caminhar rumo a componentes realísticos.
A interação entre o movimento e o spin foi medida transmitindo uma corrente através do nanotubo, onde o número de elétrons pode ser controlado individualmente.
Os pesquisadores explicam que o experimento demonstra também como se pode controlar a intensidade do efeito ou mesmo desligá-lo totalmente, apenas escolhendo o número certo de elétrons. Isso abre um leque de novas possibilidades para o controle do spin e para sua aplicação prática.


Matéria extraída do endereço:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=nanotubo-carbono-controla-spin-eletrons&id=010165110126&ebol=sim  Acesso em: 28/01/2011

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Multiplique seu dinheiro - Faça sabão sem soda

Diferença entre benzil e fenil.

Na química orgânica, o fenil é um radical derivado de um anel aromático, o benzeno. Possui a fórmula -C6H5 É altamente estável e um de seus compostos mais simples se dá quando associado à uma hidroxila, formando o fenol. O fenil difere do benzil, outro radical derivado de anel aromático, apenas por um radical metileno. Radical Fenil: Na química orgânica, benzil , benzila ou benzilo é o termo dado a um substituinte ou íon derivado de um composto aromático, o tolueno. Possui a fórmula C6H5CH2, e pode ser obtido removendo um átomo de hidrogênio inicialmente ligado ao carbono não-aromático (do grupo metila) do tolueno.. O benzil é comumente confundido com o fenil, porém difere deste pois está ligado ainda a um metileno (CH2). Não deve, também, ser confundido com o benzoílo. Analogamente, não deve ser confundido com o toluil, que são os três radicais obtidos pela remoção da hidroxila dos isômeros do ácido toluico. Um abraço pessoal!

Propan-1,2,3-triol ou Glicerol

Glicerol ou propan-1, 2,3-triol - é um composto orgânico pertencente à função álcool. É líquido à temperatura ambiente ( 25 °C ), higroscópico, inodoro, viscoso e de sabor adocicado. Sinônimos: glicerina (produto comercial, com pureza acima de 95%), trihidroxipropano, glicilálcool, gliceril. O glicerol está presente em todos os óleos e gorduras de origem animal e vegetal (na natureza em vegetais como, soja, pinhão manso, dendê, coco, algodão, palma, babaçu, girassol, etc), em sua forma combinada, ou seja, ligado a ácidos graxos tais como o ácido esteárico, oléico, palmítico e láurico para formar a molécula de triacilglicerol. O glicerol foi descoberto por Scheele em 1779 que o extraiu de uma mistura aquecida de litargírio 1 e azeite de oliva. Atualmente, o glicerol possui ampla aplicação industrial, com destaque na fabricação de resinas sintéticas, gomas de éster, remédios, cosméticos, pastas de dentes. Conforme, D’Aurea 2 : A glicerina vem sendo obtida a p...